— Ah mano, ah! — Ah, o que? — Não estou conseguindo lembrar. Nos entreolhamos, então ele soube que eu buscava algo em mim, algo que em meio a tanta confusão, havia se perdido. — Você quer dizer... Amor? — Me lembra, mas não é só isso. — Angústia, então? — Muita, mas sinto que está faltando algo. — Algo para adorar? Uma pequena luz se acendeu. — Continua, acho que estamos chegando lá. — Abandono? Abandono. Tudo ficou claro, apesar da escuridão em meio peito persistir. — Como pude me esquecer!? — De andar? — Não. É Aline. --- Aline? — Sim. Dona do amor que me fez sentir tão angustiado, mas que não deixava de adorá-la, e depois de tudo me abandonou. A única coisa que consegui fazer foi andar sem rumo, então me esqueci de como tudo isso faz bem.

De: Philip Lucado


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